O FUTURO
No caminho do polipropileno verde Depois de desvendar a fórmula exata para produzir em escala industrial o polietileno 100% renovável, a Braskem investe agora na versão verde de um outro polímero, com um nome semelhante e centenas de aplicações.
Trata-se do polipropileno verde – ou PP verde –, uma resina ainda mais resistente a impactos, ideal para revestir peças de veículos e eletrodomésticos.
Disposta a tornar realidade a produção em grandes proporções do PP verde e a ampliar ainda mais o leque de produtos sustentáveis, a Braskem firmou convênio de R$ 9 milhões com a Unicamp e com a Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp) em 2008. Desde então, pesquisadores trabalham para encontrar a maneira mais barata e eficaz de tornar o projeto realidade.
Para acelerar o processo, no início deste mês, a Braskem anunciou uma nova parceria. Desde o dia 1°, estudiosos da empresa e da Unicamp contam com a estrutura e o conhecimento dos cientistas do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (LNBio), em Campinas.
– Estamos buscando uma nova tecnologia, que seguramente será uma ruptura de paradigmas – afirma o diretor de Competitividade e Inovação da Divisão Polímeros da Braskem, Antônio Queiroz.
O desafio imposto nada tem de modesto. Há dois anos, segundo o professor Gonçalo Guimarães Pereira, chefe do Departamento de Genética da Unicamp, os cientistas isolam microorganismos vivos e alteram seus genes para que passem a produzir propeno – cujas moléculas compõem o polipropileno.
– Com a ajuda da biotecnologia, estamos criando novos organismos com a capacidade de fazer produtos renováveis que a natureza, até então, não era capaz de fazer – explica Pereira.
A expectativa da Braskem é que, em até cinco anos, o processo esteja desvendado e possa ser, finalmente, aplicado em escala industrial.
AS APLICAÇÕES
O polipropileno é uma resina cujas características são o baixo custo, a alta resistência ao impacto e à fratura por flexão ou fadiga, e a facilidade de coloração e moldagem. É encontrada em produtos da linha branca, em partes internas e externas de carros, material de construção civil, brinquedos, copos descartáveis, canetas esferográficas, recipientes para alimentos e remédios, entre outros.
O POLIPROPILENO VERDE (PP VERDE)
Embora seja possível obter polipropileno verde por meio de processos químicos e bioquímicos, os custos ainda são considerados muito altos. Para descobrir uma forma de produzir a resina em escala industrial, a baixo custo e com alta eficiência, a Braskem fechou parcerias com universidades, empresas e laboratórios. O processo ainda está em desenvolvimento.
http://www.clicrbs.com.br/jsc/sc/impressa/4,1914,3045465,15534
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