sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS E ELETRÔNICOS


LIXO TECNOLÓGICO – E-LIXO – REEE: RESÍDUOS DE EQUIPAMENTOS ELETRICOS E ELETRÔNICOS
Entre os resíduos sólidos gerados pela população, há um que merece nossa atenção: os resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos. Tais resíduos, descartados em lixões, constituem-se num sério risco para o meio ambiente, pois possuem em sua composição metais pesados altamente tóxicos, tais como mercúrio, cádmio, berílio e chumbo Em contato com o solo, estes produtos contaminam o lençol freático; se queimados, poluem o ar. Além disso, causam doenças graves em catadores que sobrevivem da venda de materiais coletados nos lixões.
O que seriam os equipamentos elétricos e eletrônicos? Televisores, rádios, telefones celulares, eletrodomésticos portáteis, todos os equipamentos de informática e telecomunicação, vídeos, filmadoras, ferramentas elétricas, DVD’S, lâmpadas fluorescentes, brinquedos eletrônicos e milhares de outros produtos concebidos para facilitar a vida moderna e que atualmente são praticamente descartáveis uma vez que ficam tecnologicamente ultrapassados em prazos de tempo cada vez mais curtos ou então devido à inviabilidade econômica de conserto, em comparação com aparelhos novos.

Pesquisas mostram que para produzir um único computador de mesa com um monitor CRT de 17 polegadas estão envolvidos em torno de 1800kg dos mais diversos tipos de materiais (240kg de combustível fóssil, 22kg de produtos químicos e 1500kg de água).

Os produtos elétricos e eletrônicos, em geral possuem vários módulos básicos. Os módulos básicos comuns a esses produtos são conjuntos/placas de circuitos impressos, cabos, cordões e fios, plásticos anti-chama, comutadores e disjuntores de mercúrio, equipamentos de visualização, como telas de tubos catódicos e telas de cristais líquidos, pilhas e acumuladores, meios de armazenamento de dados, dispositivos luminosos, condensadores, resistências e relês, sensores e conectores. As substâncias mais problemáticas do ponto de vista ambiental presentes nestes componentes são os metais pesados, como o mercúrio, chumbo, cádmio e cromo, gases de efeito estufa, as substâncias halogenadas, como os clorofluorocarbonetos (CFC), bifenilas policloradas (PCBs), cloreto de polivinila (PVC) e retardadores de chama bromados, bem como o amianto e o arsênio 8.
Algumas informações sobre algumas das substâncias que podem ser encontradas nos Equipamentos eletroeletrônicos e seus prejuízos à saúde. (informações extraídas do Relatório de Estudos de apresentação das propostas das Diretivas 2002/96/CE e 2002/95/CE pela Comissão das Comunidades Européias em 13/06/2000 ao Parlamento Europeu)
CHUMBO: utilizado em soldagem de placas de circuitos impressos, o vidro dos tubos de raios catódicos, a solda e o vidro das lâmpadas elétricas e fluorescentes. Entre seus prejuízos à saúde estão efeitos no sangue, medula óssea, sistema nervoso central e periférico e rins, resultando em anemia, inapetência (anorexia), encefalopatia, dores de cabeça; dificuldade de concentração e memorização, depressão, tonturas, sonolência, fadiga, irritabilidade, cólicas abdominais e dores musculares, dores nos ossos e articulações, insuficiência renal e hipertensão; é tóxico para a reprodução e desenvolvimento humanos. A exposição das crianças, mesmo a níveis baixos de chumbo, pode ao longo do tempo provocar redução do QI, dificuldades de aprendizagem ou problemas de comportamento. As mulheres grávidas devem ter especial cuidado porque o feto em desenvolvimento é muito sensível aos efeitos da exposição ao chumbo.

          MERCÚRIO: utilizado em termostatos, sensores, relês e interruptores (exemplo: placas de circuitos impressos e em equipamentos de medição e lâmpadas de descarga). Entre seus prejuízos à saúde estão dor de estômago, diarreia, tremores, depressão, ansiedade, gosto de metal na boca, dentes moles com inflamação e sangramento na gengiva, insônia, falhas de memória e fraqueza muscular, nervosismo, mudanças de humor, agressividade, dificuldade de prestar atenção e até demência. Mas pode contaminar-se também através de ingestão. No sistema nervoso, o produto tem efeitos desastrosos, podendo dar causa a lesões leves e até à vida vegetativa ou à morte, conforme a concentração.
CÁDMIO: utilizado em em placas de circuitos impressos, o cádmio está presente em determinados componentes, como chips SMD, semicondutores e detectores de infravermelhos. Os tubos de raios catódicos mais antigos contêm cádmio. Além disso, o cádmio tem sido utilizado como estabilizador em PVC. Entre seus prejuízos à saúde estão danos nos rins, esta enfermidade renal normalmente não é mortal, porém pode ocasionar a formação de cálculos e seus efeitos no sistema ósseo se manifestam através de dor e debilidade, severos danos aos pulmões, tais como enfisema pulmonar e câncer, uma alta pressão arterial, outros tecidos também são danificados por exposição ao cádmio em animais ou humanos, incluindo o fígado, os testículos, o sistema imunológico, o sistema nervoso e o sangue. Efeitos na reprodução e no desenvolvimento têm sido observados em animais expostos ao cádmio, porém não foram verificados ainda nos seres humanos.
BERÍLIO: utilizado em ligas metálicas. Entre seus prejuízos à saúde o berílio e seus sais são potencialmente cancerígenos. A "beriliose" crônica é uma afecção pulmonar causada pela exposição ao pó de berílio, sendo classificada como "doença de trabalho". Seria possível minimizar os impactos significativos se os resíduos eletro-eletrônicos fossem depositados em aterros controlados que respeitassem normas técnicas ambientalmente corretas (Observação: estes aterros são encontrados apenas em capitais e grandes cidades do Brasil, as pequenas cidades não possuem este tipo de aterro). No entanto, não eliminaria completamente a exposição a estas substâncias nem resolveria todos os problemas. No pior dos casos, os metais pesados poderão perturbar o processo de depuração, mas, de qualquer modo, esses metais acabarão principalmente nas lamas de depuração e em quantidades pequenas, mas incontroláveis, nas águas de superfície. Os impactos ambientais são consideravelmente maiores quando os resíduos eletro-eletrônicos são depositados em aterros não controlados, pois estes resíduos contaminariam diretamente o solo e as águas subterrâneas e superficiais. Esta contaminação de aterros não controlados poderá futuramente, contaminar as águas a um nível tal que a sua utilização como água potável seja impossível.
No Brasil temos a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que “dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências” e nova Lei 12305 de 02 de agosto de 2010 que “institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis. Estão sujeitas à observância desta Lei as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, responsáveis, direta ou indiretamente, pela geração de resíduos sólidos e as que desenvolvam ações relacionadas à gestão integrada ou ao gerenciamento de resíduos sólidos.”
A reciclagem destes resíduos é sem dúvida a saída mais viável, pois evitaria o acúmulo destes materiais em lixões e aterros e seu impacto ambiental negativo.
Outro aspecto positivo da reciclagem dos resíduos eletricos e eletrônicos está no fato de estender a vida das reservas minerais que são limitadas.
Existe muitos produtos e subprodutos extraído da natureza nestes equipamentos eletro-eletrônicos obsoletos e o simples descarte destes resíduos representa um desperdício enorme de recursos, pois os produtos nocivos à natureza e os metais  contidos nestes equipamentos podem ser retirados e reaproveitados como matéria prima para a manufatura de outros equipamentos novos com tecnologia nova.
Reduzir, com consumo consciente.
Reutilizar os equipamentos para estender sua vida útil.
Recilar, descartando de maneira responsável.

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