segunda-feira, 8 de novembro de 2010

TURISMO DE AVENTURA E ECOTURISMO

Olá!
Em uma de minhas viagens pela blogsfera, capturando notícias sobre o Turismo de Aventura no Brasil, deparei-me com um material valiosíssimo publicado pela ABETA, na página http://www.abeta.com.br/pt-br/pgn.asp?id_pg=61&nivel=1, Perfil do Turista de Aventura no Brasil (Pesquisa que determinou o perfil do turista de aventura no Brasil, apontando questões primordiais sobre o perfil e comportamento deste público. Formato do arquivo: PDF File - 5.614,47)
Vale a pena conferir!
Trancrevo aqui um pequeno trecho da pesquisa, para aguçar a curiosidade dos interessados. Boa leitura!
Forte abraço,
João Gadelha

"...Desde a década de 80, várias reflexões têm sido realizadas sobre o conceito de Turismo de Aventura (TA). Contudo, consideraremos a definição do Ministério do Turismo (2008, p. 15):
“Turismo de Aventura compreende os movimentos turísticos decorrentes da prática de atividades de aventura de caráter recreativo e não-competitivo.”.
Os movimentos turísticos são entendidos como “os deslocamentos e estadas que pressupõem a efetivação de atividades consideradas turísticas”. Já as “práticas de aventura de caráter recreativo e não competitivo” pressupõem “determinado esforço e riscos controláveis, e que podem variar de intensidade conforme a exigência de cada atividade e a capacidade física e psicológica do turista”.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), engajada no processo de normalização do TA no Brasil, também elaborou um conceito de atividades de Turismo de Aventura (2006):
“atividades oferecidas comercialmente, usualmente adaptadas das atividades de Turismo de Aventura, que tenham ao mesmo tempo o caráter recreativo e envolvam riscos avaliados, controlados e assumidos.”.

Já o Ecoturismo foi definido pelo Ministério do Turismo (2008, p. 9) como o segmento da atividade turística que utiliza, “de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista por meio da interpretação do ambiente, promovendo o bem estar das populações.”
São atividades características deste segmento: a observação de fauna, de flora e de formações geológicas; a contemplação realizada durante caminhadas, mergulhos, safáris fotográficos e trilhas interpretativas.
O primeiro documento produzido no Brasil sobre o TA foi o “Diagnóstico do Turismo de Aventura no Brasil”, fruto de um estudo realizado pela ABETA, segundo convênio firmado com o Ministério do Turismo. Na época, detectou-se a necessidade de se abordar o segmento do ponto de vista da demanda, já que aquele estudo se concentrou na oferta, investigando empresas do setor, entidades públicas e outros atores que não os consumidores.
Os dados sobre perfil dos clientes foram levantados em quinze destinos, segundo a percepção dos entrevistados, de forma superficial, por não ser o foco. Naquela pesquisa, foram consideradas vinte e três atividades como sendo de TA, divididas em água, terra e ar, segundo o local de prática. O interesse estava no perfil dos ofertantes dessas atividades e não no processo de compra e de consumo das mesmas.
Em relação à demanda, segundo o Ministério do Turismo (2006, p. 21) “apontar um único perfil para o TA é uma tarefa complexa, pois as diversificadas e diferenciadas práticas de aventura atraem públicos distintos. Apresentam, contudo, elementos comuns, como o apreço pela emoção, pelo desafio, e por novas experiências e sensações”.
No geral, os estudos, até então, diziam que esse consumidor tem entre 18 e 40 anos, poder aquisitivo médio, é estudante de nível superior, tem hábito de viajar em grupos, permanece aproximadamente dez dias em destinos internacionais e quatro nos nacionais, contribui para o planejamento da sua viagem, demonstra respeito pelo ambiente natural e social, exige qualidade, segurança, acessibilidade e informação. As suas motivações mais comuns seriam a recreação ativa, os desafios e a emoção, as vivências e experiências memoráveis; gosta da diferenciação em relação à escolha dos locais e da interação com outros praticantes.
Tratava-se apenas de uma percepção, ainda não mensurada. Não havia, até o momento, como estabelecer perfis dentro do segmento, descrever suas características e o tamanho dos agrupamentos de clientes.
A ausência de informações sistematizadas sobre os consumidores de Turismo de Aventura e Ecoturismo é, certamente, um dos motivos da falta de ações eficazes de comunicação no segmento, já destacada por vários autores.
A despeito da carência de dados sistematizados sobre o consumidor de TA e de Ecoturismo, sabe-se que ele tem se tornado mais exigente em relação aos serviços ofertados.
A experiência acumulada nas atividades de aventura, a maior disponibilidade de informações e a melhoria do nível de serviços do mercado como um todo elevam, a cada dia, as expectativas, fazendo-o demandar mais qualidade e inovação nos serviços.
Novos praticantes trazem consigo referências de outros segmentos, mais estruturados do ponto de vista da oferta, e os mais experientes esperam superar suas vivências.
O Ministério do Turismo tem empreendido esforços para estimular e sensibilizar o consumidor do turismo em geral e, em especial, o de Turismo de Aventura e Ecoturismo, como, por exemplo, a recente campanha
“Está na hora de conhecer o Brasil”,
que apresenta destinos típicos dos segmentos.
Trata-se de uma tarefa árdua, que pode ser – agora com o PPCN – ainda mais integrada em nível nacional ou regional, baseada num planejamento estruturado, para estímulo à demanda. De uma forma geral, os ofertantes e os destinos restringem-se à divulgação por material impresso, anúncios em revistas especializadas e junto aos canais de distribuição.
Houve expressivo crescimento de sítios de internet, e portais de aventura foram desenvolvidos para atender a esse público específico.
 O PPCN surge para desenvolver, de forma consistente, ações de comunicação que integrem o TA e o Ecoturismo (como o diagnóstico apontou) aos demais segmentos, por meio de mídias mais direcionadas e uma presença mais efetiva no dia a dia dos atuais e potenciais turistas.
A proposta é gerar estímulos efetivos que promovam a desejabilidade de destinos e de atividades de aventura/ Ecoturismo e, para tal, o primeiro passo é buscar informações precisas e confiáveis sobre como fazêlo.
A diversidade de termos utilizada na comunicação confunde o cliente, que mistura aventura, esportes radicais e Ecoturismo e, na confusão, não consegue estabelecer uma conexão entre suas preferências e as ofertas disponibilizadas.
 Nesse sentido, algumas questões nortearam a concepção deste trabalho: Quem é, afinal, o turista de aventura e o ecoturista no Brasil? Como ele decide, quais são as suas motivações e, principalmente, as origens da sua forma de pensar e agir? Quais seriam as formas de comunicação mais eficazes para tocar esse cliente?..."



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